terça-feira, 24 de setembro de 2013

Donde vem esta magoa

Donde vem esta magoa, donde vem!!! Nenê, nenê.
Donde vem esta alma, donde vem!!! Nenê, nenê.

Vem do empobrecimento
Da nossa falta de chuva
Da passa que virou uva
Inflando na inflação
Se tem café, falta pão
Faltando um quarto de milha
Para dançar a quadrilha
Da nossa insatisfação;
Donde vem esta magoa, donde vem!!! Nenê, nenê.
Donde vem esta alma, donde vem!!! Nenê, nenê.
Vem de um corte de gilete
No centro de uma banguelisse
Da falta que tu não visse
Piada de epiderme
O bucho cheio de verme
Convida falsa politica
Para dançar a quadrilha
Que uma vida emburresse;

Donde vem esta magoa, donde vem!!! Nenê, nenê.
Donde vem esta alma, donde vem!!! Nenê, nenê.
Vem da impunidade
Filha duma ação corrompida
Pisão em uma ferida
Faz o sujeito sofrer
O povo pra não morrer
Ta engolindo no seco
O puxador da quadrilha
Que a justiça não ve;
Donde vem esta magoa, donde vem!!! Nenê, nenê.
Donde vem esta alma, donde vem!!! Nenê, nenê.
Vem de um grande cansaço
Do demo, demagogia
Coceira de alergia
Das mentiras que rendeu
O nordeste não morreu
A nossa fonte é funda
Quadrilha, dançou a quadrilha
Na batida da zabumba.
Donde vem esta magoa, donde vem!!! Nenê, nenê.
Donde vem esta alma, donde vem!!! Nenê, nenê.

Joáz de Brito

Nenhum comentário:

Postar um comentário